Economia
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No 36 English Version |
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Câmbio de “Equilíbrio”
Aumara Feu
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Seção 1 – Metodologia do cálculo do câmbio Seção 2 - Passivo Externo Seção 3 – Sustentabilidade do Passivo Externo Seção 4 - Estimativas Seção 5 - Conclusão Introdução O presente trabalho é uma atualização de Feu (1999) publicado por esta revista em seu 15º número. Procura-se estimar as taxas de câmbio correspondentes a conta corrente de bens e serviços não fatores - CCBSnf fornecida pelas expectativas do mercado, bem como a uma balança que estabilize a relação passivo externo/produto interno bruto - PIB. Para isto, atualiza-se a metodologia para o cálculo do câmbio de Feu(1999) e usa-se a estimativa do estoque de capital de Barros e Barbosa (2002). O comportamento da taxa de câmbio, sua volatilidade e sua tendência de longo de prazo, é preocupação constante quando se pretende confeccionar cenários. Torna-se necessário prever possíveis volatilidades cambiais e a tendência de longo prazo da taxa de câmbio. Neste estudo, centra-se a atenção no comportamento de longo prazo da taxa de câmbio, para o qual, findado um período de stress, o cenário convergiria. Procurou-se, portanto, estimar o câmbio de equilíbrio de longo prazo para o passado(de 1951 a 2001) e para os próximos anos, tendo em vista a correlação negativa entre o desvio do câmbio e a CCBSnf em proporção do produto interno bruto - PIB (em US$ de 2001) e dados sobre a inflação interna e externa. Por desvio do câmbio, entende-se o quanto o câmbio real se distancia do câmbio do equilíbrio, o qual por sua vez corresponde ao câmbio do ano base onde a CCBSnf ficou próxima de zero. Também mostrou-se a evolução do passivo externo, bem como de seus componentes (estoque de capital estrangeiro investido no país e divida externa) e dos fluxos por ele gerados (serviços fatores) no período de 1995 a 2001. Por fim, estimou-se o câmbio e a relação passivo externo/PIB, segundo as projeções para a balança comercial, a conta corrente e a inflação interna e externa, bem como segundo a balança comercial necessária para estabilizar a relação passivo externo/PIB em 2003. Os dados e as fontes, utilizadas neste trabalho, são, para o Brasil, as séries: a) do produto interno bruto em reais e em dólar (calculado pelo câmbio médio) e do deflator implícito do PIB (DI) fornecidas Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgadas no IPEADATA do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); b) do saldo das transações correntes, da exportação e importação de bens (FOB), dos serviços (não fatores) líquidos, das rendas - líquidas e total da despesa - (também denominadas de serviços fatores), bem como sua subdivisão em salário e ordenado, lucros e dividendos e juros, da variação do índice nacional de preços ao consumidor (INPC), da dívida externa (incluindo empréstimos intercompanhias) fornecidas pelo Banco Central (BACEN) e c) do estoque de capital estrangeiro investido no país calculado por Barros e Barbosa (2002). Para os Estados Unidos da América (EUA), utilizou-se as séries do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e do Índice de Preços Atacado (IPA) disponibilizadas pelo BACEN e do DI dos EUA fornecida pelo Bureau of Economics Analisys. O trabalho é dividido em quatro seções. Afora esta breve introdução, a Seção 1 descreve a metodologia utilizada para o cálculo do câmbio dada a conta corrente de bens e serviços não fatores e a inflação interna e externa prevista, a Seção 2 analisa o passivo externo brasileiro, a Seção 3 verifica a sustentabilidade do passivo, a Seção 4 faz estimativas para os anos de 2002 e 2003 e, finalmente, a Seção 5 conclui o relatório.
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Revised/Revisado:
Thursday, 19 February 2004. |
Procura-se estimar uma taxa de câmbio de “equilíbrio” de longo prazo para que se alcance resultado desejado na balança comercial. A mesma abordagem pode ser usada para projetar a balança comercial em função de uma política cambial estabelecida. O tema é de maior relevância para projeções econômico-financeiras e para orientar decisões de política econômica. Foram considerados diferentes tipos de ajustes e hipóteses baseadas nas avaliações dos demais parâmetros do mercado ou considerando a necessidade de manter estável o passivo externo. A taxa de câmbio final de período projetada para 2003 foi de R$ 3,51/US$, considerando uma balança comercial de US$14.8 bilhões e a inflações interna (IGP-DI) de 14,55%. Para manter o passivo externo em 67% do PIB, por sua vez, séria necessária uma taxa de câmbio de R$ 3,70/US$.